Inverno


Sei.
Sinto.
Me farto do gole que sobrou na garrafa.
Meu estômago pede trégua...não pelo liquido alcoólico, mas pela minha somatização. Somatizo minha ira, ao invés de rir da dos outros. Levo a sério o peido do Papa, mas não me levo a sério. Certamente vejo essa situação a pouco tempo. 
Externamente alguma coisa me incomoda. Vejo crack, ciumes e acomodação.
Incomoda.
Na verdade só os ciumes são internos. Na internalização eles estão virando pó. Mas externamente ainda pedem pra eu completar a bronca. Nessas alturas o que me resta é contrariar a mim mesma. Meu ego que se foda.
Um gotejo.
Uma lágrima.
E de repente, me vejo automaticamente na tua frente.
Lindos olhos verdes.
Me hipnotizam até hoje.
Instantaneamente me vejo menina pintada na minha frente...uma criança ainda mais bela do que eu realmente fui. Beleza que me cega de tanto amor...
Sem entender tanta reclamação vinda de mim mesma...e entendendo o quanto devo agradecer e instintivamente sentindo que alguma ordem divina preza tanto por mim, dobro meus joelhos e agradeço aos céus por estar exatamente aqui. Assim.
 

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