Me encontre no fim do arco iris...
Peguei o carro e parti pela estrada, liguei o rádio e coloquei uma música desconhecida. Já não pensava mais na tristeza do dia anterior, era como se eu estivesse sob um efeito transcendental...e era. Comecei a falar em voz alta comigo mesma e a partir daí criar uma comunicação com a pessoa mais próxima de mim...eu mesma. Como diz o ditado: tão longe, tão perto. Relembrei a minha vida há 7 anos atrás. Poderia escrever aqui milhares de qualidades, eu me reconhecia. Mas a vida nos apresenta momentos sensacionais e ao mesmo tempo atrozes. Senti uma sincronicidade do universo comigo. Mesmo assim não deixei as lembranças se dissiparem. Relembrei. E foi tão bom. Lembranças boas de uma vida simples, mesmo sendo na capital. Adorava o cheiro do café que eu fazia. Adora aquele apartamentinho desconfortável e pequeno. E eu me via completamente inocente. Nunca contei com o azar...a sorte era uma companheira inseparável. No carro naquele momento uma palavra também fazia parte da situação, uma palavra que não estava presente há muito tempo, o equilibro. Cheguei ao destino da minha corrida e com gestos suaves me coloquei diante de outras pessoas. E ali me senti tão perto de mim, por mais invisivel que parecesse a minha história para todos eles, me senti tão envolvida comigo mesma que a segurança que tanto procurava mesmo meio timida estava tentando se aproximar e com o coração mais sossegado me aproximei e consegui colocar palavras em situações inesperadas. Sincronicidade. Me senti grande naquele lugar natural. Tão grande quanto a natureza que me cercava. E atrai olhares de desconfiança e outros de satisfação. E, na volta, agradeci a todas a divindades por ter me dado a chance de fazer tudo isso e agradeci a mim mesma por tudo ter sido assim. Ensaiei um tropeço, mas como já disse o universo inteiro queria me ver de pé. Então, mais próxima da neutralidade de inspirações negativas, adormeci sorrindo.
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