Expansão - parte II


Cada encontro solitário me fez pensar onde Clara poderia agora se ajudar. Conhecendo pessoas intrigantemente desnecessárias para que o futuro pudesse se desenrolar? Ou achar que a natureza se encarregaria de apresentar um futuro querido? Clara viu que seus pensamentos brilhavam entre a treva de um ou outro pecado, entre tanta coisa fútil que o destino talvez tivesse lhe preparado e se sentia apesar do nojo e do desprezo, a vontade de amar e amar. De certa forma talvez o amor possa tbém sentir nojo, tbém possa contar com o desprezo das situações para que faça jus a tudo o que ele é. Clara ainda pensava num jeito de despistar a saudade de um tempo que se foi, lembrou da época em que as pessoas que a cercavam, apesar de terem sido cruéis, não tinham nenhuma vontade de despertar sentimentos ilusórios, era a realidade. Desse sonho vivido agora, dessa desilusão , nesse momento só restava a vontade de se afastar. Ainda que ficasse um sonho tardio, ou uma prece, nesse momento seu peito apertado...mas sua alma a consolação. Uma consolação leve, serena e voraz. Daí então surgiu um espelho no mar e lhe disse, Clara olhos verdes! Não acredite só em teorias filósoficas perigosas...não acredite que o mundo seja somente negro...olhe o encanto dessa água, olhe o encanto de você. Sentiu-se calafrios, sentiu-se um chamado. Um chamado praquela que sempre achou amargurada, mas com os olhos da mata viu então o que realmente valia a pena . Depois, de certos estrondos no peito, a forma que o vento tocava o quarto e entrava com tamanha força, sentiu vontade de gritar sua felicidade. E gritou!

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